Dono
de uma fábrica de comenta de lona no Rio de Janeiro, o engenheiro
Luiz Alexandre foi quem, literalmente, ergueu o sonho do circo na
comunidade. Por acreditar na iniciativa, o convite recebido em junho
deste ano para participar de forma tão especial do projeto Rumos
ao Novo Eldorado, foi aceito sem pestanejar.
“É
algo que muda o meio social. Com as múltiplas atividades trazidas,
está atingindo a todos. Com as inúmeras oficinas e cursos, deu
oportunidade a essas pessoas de terem uma profissão, ou outra
alternativa. E a partir daí, vão começar a rentabilizar de
alguma maneira”, acredita.
A
Ozon Lonas está no mercado há quase 25 anos, mas o circo está
na vida de Alexandre há muito mais tempo. “Eu praticamente já
nasci dentro da lona. A família toda trabalhou com o circo, desde o
meu bisavô. Então é uma coisa de berço”, comenta. Na
década de 70, o circo Hong Kong,
que pertenceu à família do engenheiro, viajou o mundo durante
seis anos passando pelos quatro continentes.
Apesar
de ter nascido e se criado por uma família circense que viajou pelo
Brasil, ele confessa nunca ter montado uma tenda tão longe. “Desde
que comecei a atividade de fabricação em lona, já mandei
material para longe, mas montar, assim, não”, comenta. O palco do
circo no Eldorado também foi fabricado e montado pela empresa de
Alexandre.
Mas
a contribuição de Ozon não para por aí. Com a experiência
que traz na bagagem, ele ajuda a manter o circo armado e funcionando
em perfeitas condições para atender ao Eldorado. “Desde a
orientação para manutenção, conservação, até as tarefas
mais simples do dia a dia eu estou disposto a ajudar. Uma vez estando
aqui, por exemplo, vou ali trocar um pneu”, brinca.
Do
trapézio à lona
Até
os 24 anos, a vida de Ozon era no trapézio. Orgulhoso
do ofício, ele via o circo como um meio de ganhar a vida fazendo o
que ama e, de quebra, conhecendo o seu país. “É uma profissão,
como outra qualquer, mas
com vários benefícios. Poucas profissões propiciam às pessoas
a oportunidade de fazer essa troca de experiências, viagens e
intercâmbio cultural”, afirma.
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