Aos
onze anos de idade, Igor Di Paula nunca tinha ido ou visto um circo
de perto, somente pela TV. Até que um dia o projeto Rumos ao
Novo Eldorado chegou à comunidade e mudou completamente a
história do menino.
Foi
como mágica! Um dia ele acordou e tinha um circo bem ali, na sua
frente, com direito a palhaço, malabarismos, saltos, monociclo,
rola-rola, carretel e o preferido dele: o diabolô.
Mas
nem só de brincadeiras é feito o circo do Igor... Ele conta que o
espaço trouxe, além da diversão, aprendizado e
responsabilidade. Nos últimos meses, ele aprendeu a se comportar
melhor, respeitar as pessoas e preservar o ambiente em que vive. “Foi
uma mudança incrível na minha rotina”, disse.
E
quando questionado sobre o que pensa do circo, ele encantadoramente
responde: “Na minha mente só vem felicidade, carinho e
gratidão”.
Com
a palavra, a mãe:
Desde
que a dona de casa Simone Di Paula, mais conhecida como “a
mãe do Igor”, foi morar no Eldorado, há quatro anos, ela se
preocupa com a violência no local. “Antes eu vivia em outro
bairro, em uma casa alugada. É muito bom deixar de pagar aluguel,
uma preocupação a menos. Eu não conseguia nem dormir. Mas o
bairro aqui é meio perigoso”, reclama.
Quando
o circo chegou, ela pôde suspirar aliviada. Finalmente um lugar que
o filho pudesse brincar, se divertir e aprender coisas novas. “É
melhor do que ficar brincando na rua. Aqui no bairro existe um
índice grande de drogas, então a gente tem medo que as crianças
se envolvam com traficantes”, diz.
Para
ela, o projeto é uma “ocupação” para as crianças. “No
circo eles têm responsabilidade. Entram e saem na hora certa”,
comenta.
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